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Escritor analisa geração musical dos anos 60 e aponta crise poética na música popular brasileira
Jornalista e escritor concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta terça-feira (28)

Foto: Reprodução
O jornalista e escritor Cláudio Leal afirmou que a geração artística dos anos 60 foi um marco incomum na história cultural do Brasil e do mundo. Em entrevista ao Jornal da Cidade, nesta terça-feira (28), ele explicou que esse período foi formado por artistas interdisciplinares e potentes, cuja força coletiva ainda intimida as gerações seguintes.
“Eu acho que essa geração dos anos 60 é incomum no Brasil e no mundo. Você tem blocos de artistas interdisciplinares, poetas, músicos, artistas plásticos, que unem tudo dentro de uma canção, de uma peça ou de um poema. Eles são realmente muito fortes, e isso faz com que intimidem as gerações seguintes”, afirmou.
Segundo Leal, o compositor Dori Caymmi representa uma posição histórica de crítica à excessiva assimilação de influências estrangeiras na música popular brasileira, apontando que esse processo contribuiu para uma crise poética e melódica nas canções contemporâneas. “Hoje há um declínio do melódico nas canções e um declínio poético. Mas é preciso dividir as zonas: a música instrumental e a música erudita no Brasil continuam muito fortes, com excelentes artistas e formação contínua. Na Bahia, por exemplo, a interação da orquestra com a música popular é constante”, observou.
Apesar da crítica, o jornalista acredita que a música brasileira ainda pulsa com força, especialmente em manifestações populares como o carnaval e nas produções musicais de estados como o Pará e a Bahia.“Eu vejo uma grande renovação musical, inclusive em setores muito populares. Mas, no aspecto poético, há uma distância do que já tivemos na canção. Ainda assim, grandes nomes continuam entre nós - Caetano, Chico, Gil, Geraldo Azevedo, Dori Caymmi - e seguem produzindo obras fortíssimas”
Confira a entrevista completa:
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