Presidente do Instituto Viva a Infância destaca acolhimento e combate à medicalização precoce

A presidente do Instituto Viva a Infância, Maria Auxiliadora, comentou o processo de acolhimento da instituição durante entrevista à Rádio Metropole, nesta quarta-feira (29). Segundo ela, o trabalho é voltado para crianças em situação de vulnerabilidade socioeconômica, com foco no sofrimento psicológico. “Nós não temos filas de espera, porque acreditamos que criança não pode esperar", afirmou.

Durante a entrevista, a presidente também chamou atenção para o risco da medicalização precoce e da rotulação de crianças. “Há uma facilidade de medicar excessivamente, até crianças muito pequenas. A sociedade está perdendo um pouco a dimensão do que é a infância”, alertou.

Para ela, é essencial resgatar o olhar humano e compreender o comportamento infantil como parte natural do desenvolvimento. “A criança saudável pula, corre, brinca, e isso não deve ser visto como um problema”, completou.

Auxiliadora ainda explicou que o instituto funciona em três frentes: o ambulatório do bebê, a prática clínica com crianças e o Ateliê Classe, voltado para alfabetização e escolarização de crianças com autismo. Ela destacou o caráter interdisciplinar do atendimento, que envolve psicanalistas, psicólogos e psicopedagogos.

Confira a entrevista na íntegra: