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“O que vimos foi um banho de sangue”, diz Dudu Ribeiro sobre operação no Rio
Historiador criticou a ação policial e afirmou que mortes em massa servem a interesses políticos e não à segurança pública

Foto: Metropress/Fernanda Villas
O historiador e ativista Dudu Ribeiro classificou como “execução sumária” a megaoperação policial que deixou 119 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Em entrevista ao Jornal da Cidade, nesta quarta-feira (29), ele afirmou que a ação não pode ser considerada uma operação de segurança pública, mas um ato de violência política.
“O que nós vimos ontem foi um banho de sangue. E o pior de tudo é saber que não é o resultado de uma reunião sobre segurança pública. Aquilo tem a ver com marketing, com o pré-ano eleitoral. Em que o governador Cláudio Castro acha que ganha bônus políticos promovendo matanças”, disse.
Dudu Ribeiro destacou que as vítimas são, em sua maioria, jovens negros e periféricos, e chamou atenção para o impacto psicológico nas crianças que vivem nas comunidades afetadas. “Essas crianças estão vendo gente limpando sangue e recolhendo corpos nas portas de casa. Como vamos oferecer qualquer coisa para elas?”, questionou.
O historiador também lembrou que a ação contraria determinações do Supremo Tribunal Federal (STF) previstas na ADPF 635 — conhecida como “ADPF das Favelas” —, criada para reduzir a letalidade policial no Rio. “Nós estamos provocando o Ministério dos Direitos Humanos e a Procuradoria-Geral da República, porque é quem deve exercer o controle sobre essas ações”, afirmou.
Confira a entrevista na íntegra:
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