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Aos Fatos: Três Pontos expõe política de extermínio em operação no RJ e Jornal Metropole celebra 900° edição

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Bob Fernandes critica banalização da morte em megaoperação no Rio: “o Brasil está doente”
Fernandes aponta que o Brasil “adoeceu” ao aceitar a morte como rotina

Foto: Reprodução/Youtube
A megaoperação da Polícia Civil no Complexo do Alemão, na última quarta-feira (29), que deixou mais de cem mortos, levantou questionamentos sobre a legitimidade e a motivação das ações de segurança pública no Rio de Janeiro. Para o jornalista Bob Fernandes, antes de tentar entender o crime, é preciso compreender o que se esconde por trás dele. A análise foi feita durante o programa Três Pontos, nesta quinta-feira (30).
“A gente constata que o Brasil está doente, que tem coisas nisso tudo que são indiscutíveis. Todo mundo sabe que tem bandido armado, que tem enfrentamento, mas todo mundo sabe também como é que se faz e como é que não se faz. E quando as pessoas começam a debater como se não tivesse uma pilha de mortos que você nem sabe quem são, eu pergunto: alguém sabe o nome de um dos 120 mortos? Ninguém sabe. Mas todo mundo já tem convicção absoluta. Então, tem um vídeo importante quando a gente vai começar a conversar sobre isso”, disse.
Segundo Fernandes, a naturalização do massacre e a ausência de empatia expõem uma sociedade adoecida e um Estado que escolhe quem pode morrer. Ele destaca que o episódio revela o abismo racial e social no país e a hipocrisia de um discurso que justifica a barbárie sob o argumento de “segurança pública”.
“E a gente tem que ficar acuado porque a extrema-direita diz que tem que matar. É óbvio que, no confronto, você não vai morrer, vai matar, mas a gente admite que é assim que se faz?”, concluiu.
Confira o programa completo:
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