Janio de Freitas questiona declaração de Alzheimer por Heleno: “se manifestou no portão da cadeia”

A revelação de que o general Augusto Heleno disse ao Exército sofrer de Alzheimer desde 2018 reacendeu o debate sobre responsabilidade e coerência no momento em que iniciou o cumprimento da pena de 21 anos. Para Janio de Freitas, que comentou o caso no Três Pontos desta quarta-feira (26), o diagnóstico não altera o histórico público de atuação política do ex-ministro.

“Mas se o impede de estar na cadeia, não o impediu de, desde 2019, estar contra a democracia no Brasil, agindo contra a democracia no Brasil. [...] Ele atravessou muito bem os quatro anos, muito bem de saúde até, onde esse desempenho transmitiu informações sobre a saúde dele, indicando que estava tudo muito bem, muito ativo, muito interessado. É curioso que, de repente, o Alzheimer, cruzado o portão da cana, o Alzheimer se manifesta”. disse.

O jornalista lembrou que Heleno ingressou no governo Bolsonaro em cargo oficial e, segundo ele, manteve plena atividade e lucidez durante todo o período. Freitas destacou que o diagnóstico só foi detalhado ao Exército agora, quando o general passou pelo exame médico que antecedeu a prisão, o que levanta questionamentos sobre o momento da revelação.

“Um dos efeitos bastante comuns do Alzheimer é uma dificuldade de orientar-se na rua, lembrando-se exatamente dos seus roteiros usuais, e a cadeia evita isso, evita que ele corra risco de se perder, da dificuldade de localizar o caminho de volta para casa. Então, a cadeia facilita a vida do general como paciente. Ele deve agradecer ao Moraes por essa contribuição terapêutica”, concluiu

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