"Política é minha ancestralidade", diz Maria Marighella ao comentar trajetória na vida pública

Em entrevista concedida à Rádio Metropole nesta quinta-feira (27), a presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella falou sobre sua trajetória, o vínculo histórico de sua família com a política e o papel da cultura na construção de identidade e de democracia no Brasil.

Durante o Jornal da Bahia no Ar, a enfatizou que sua relação com a política nasce de sua própria história familiar: *“nasci na ditadura, meu pai preso, meus primeiros anos marcados pela ditadura, agenda autoritária, política p mim era local de extrema violência”.

Marighella explicou que foi a cultura, e não a política instituciona, que primeiro lhe ofereceu um caminho para compreender sua própria formação. “A cultura, a construção do sujeito foi me levando às artes como um lugar muito meu de construção de identidade política e ativista. A política é minha ancestralidade, nunca tive experiência fora desse ambiente, mas a arte e cultura são meus fundamentos de identidade", afirmou.

Ao comentar sobre os desafios de quem ocupa espaços de gestão pública, ela ressaltou que não basta apenas permanecer onde já se está: é preciso produzir entregas e inspirar caminhos coletivos. “Nós não podemos ficar parados. A política tem que entregar, fazer gestão, medição, entregar coisas melhores, mas a política não é só gestão.  É nossa capacidade de promover encantamento, um percurso”.

Ao comentar o julgamento de Bolsonaro e a recente condenação do ex-presidente por conta da tramaq golpista Marighella também destacou a força de suas instituições democráticas. "Brasil é uma das maiores democracias do mundo e está dando respostas importantes.”

Confira a entrevista na íntegra: