Bob Fernandes expõe o que pode estar por trás da crise Alcolumbre–Messias: “escândalo dos escândalos”

O impasse criado por Davi Alcolumbre na sabatina de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF) ocorre enquanto parlamentares seguem recebendo salários sem exercer mandato, expondo distorções que, segundo Bob Fernandes, revelam o que realmente move o jogo político em Brasília. A análise foi feita no programa Três Pontos desta quarta-feira (3), quando o jornalista relacionou privilégios, manobras regimentais e o temor de investigações sobre o orçamento secreto.

“Para começar, já tem três parlamentares recebendo sem trabalhar: Zambelli, Eduardo Cunha e Ramagem. São 200 mil reais por mês só esses três personagens. Mas o Senado, pra quem de passagem, não tá acompanhando o tempo todo o duro, o Senado tem a prerrogativa de aceitar ou rejeitar uma indicação de um ministro do Supremo Tribunal Federal, mas o presidente do Senado não tem a prerrogativa de fazer disso Uma questão pessoal", disse.

Segundo o jornalista, as manobras em torno da indicação ao STF apenas encobrem o real conflito: a disputa para controlar quem julgará as apurações sobre o orçamento secreto. Fernandes lembrou que líderes do Congresso temem o avanço das investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Supremo, especialmente após Flávio Dino acelerar processos que miram bilhões desviados em emendas.

“O Jorge Messias é só o bode na sala. O problema real é esse. O alvo não é o Jorge Messias, o alvo é o Flávio Dino, porque ele está apurando. O problema é a investigação sobre as emendas secretas. Por isso a PEC da bandidagem, por isso essa reação ao não querer punir deputados e parlamentares. Se alguém abrir a boca, vai ser o escândalo dos escândalos”, concluiu.

Confira o programa na íntegra: