Rádio Metropole
Infectologista chama atenção para pacientes com HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis

Home
/
Notícias
/
Rádio Metropole
/
Especialistas alertam para riscos na produção manipulada de medicamentos emagrecedores
Endocrinologista e ginecologista defendem suspensão cautelar e rigor sanitário para tirzepatida manipulada

Foto: Reprodução/Rádio Metropole
Os médicos Fábio Moura, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia da Bahia (SBEM), e Marcelo Steiner, diretor da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), discutiram a produção de medicamentos à base de tirzepatida, usados em canetas de emagrecimento como Mounjaro e Ozempic.
Durante o Metropole Mais, na Rádio Metropole, Moura explicou que apenas um laboratório tem autorização da Anvisa para comercializar a substância e ressaltou que farmácias de manipulação não podem produzir em larga escala. “No momento em que há produção massiva, a lei é violada”, afirmou, destacando que esse tipo de fabricação exige controles sanitários rigorosos.
Steiner reforçou a preocupação com a falta de fiscalização e o descompasso entre as normas que regem farmácias de manipulação e a indústria farmacêutica. Segundo ele, a produção irregular amplia riscos ao paciente. “Quando se faz em larga escala sem rigor, você pode ter problemas de dose, contaminação e toxicidade”, disse.
Os especialistas defenderam a suspensão cautelar solicitada pelas entidades, medida que interrompe temporariamente a produção até que haja clareza regulatória. Moura ressaltou que a Anvisa segue avaliando o caso, ainda sem posição definitiva. Para ele, o objetivo não é desqualificar o setor, mas garantir segurança. “Farmácias de manipulação têm seu papel e devem ser prestigiadas. O que não pode acontecer é uma atuação mercantilista sem compromisso com a saúde da população”, afirmou.
Confira entrevista na íntegra:
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.