Restrição do governo reduz 75% da produção de seringas para vacinação contra Covid-19
Ministério da Saúde determina que material utilizado será apenas o de 3 ml; campanhas de imunização realizadas nos anos anteriores utilizavam todos os tipos
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Por Adele Robichez no dia 11 de Janeiro de 2021 ⋅ 08:20
O Ministério da Saúde decidiu que irá utilizar apenas um tipo de seringa para a vacinação no país: a de 3 ml com o “bico de rosca”. A indústria nacional afirma que essa delimitação é um obstáculo para a produção da quantidade suficiente do material para suprir a demanda do país. A partir da determinação, apenas 1,5 milhões de unidades conseguem ser fabricadas por dia.
O Brasil tem quatro fábricas responsáveis pela categoria, com capacidade de produção de 1,2 bilhões de seringas, se considerados todos os tamanhos.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o diretor-técnico da fábrica Saldanha Rodrigues (SR), Tomé da Silva, afirmou que ao escolher apenas um modelo, o governo não considera que “as linhas de produção levam até um ano para serem adaptadas para um novo molde”. Ou seja, alguns estados terão a seringa de 3 ml e outros não.
Sem a especificação do MS, o país teria capacidade de produzir 6 milhões de seringas diariamente, segundo Silva. As campanhas de imunização realizadas nos anos anteriores utilizavam todos os tipos de seringas.