
Saúde
Em resposta a Lula, diretor da Anvisa diz que governo foi alertado sobre falta de servidores na agência
Em discurso mais na sexta-feira (23), presidente se queixou de demora na liberação de remédios

Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, respondeu na sexta-feira (23) às críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a suposta lentidão da agência na liberação de medicamentos.
Em nota oficial, Barra Torres afirmou que o governo federal foi reiteradamente alertado sobre a falta de servidores na Anvisa, o que tem impactado diretamente na agilidade dos processos. Barra Torres classificou a fala do presidente como "entristecedora, agressiva e aviltante", afirmando que tais declarações enfraquecem a Anvisa tanto internamente quanto no cenário internacional.
Ele ressaltou que a agência reguladora opera com base em leis que determinam os procedimentos de análise e liberação de medicamentos no Brasil e que o número insuficiente de servidores afeta diretamente o cumprimento de sua missão. O diretor da Anvisa destacou que, desde a eleição de 2022, a agência enviou 26 ofícios ao governo federal detalhando a escassez de pessoal e participou de diversas reuniões com ministros para discutir o tema.
Segundo ele, a única medida concreta recebida até agora foi a liberação de 50 das 120 vagas previstas para concurso público em 2023. "Com o número insuficiente de trabalhadores e com tarefas que só fazem crescer, o tempo para realização de tais tarefas só pode se tornar mais longo", argumentou Barra Torres.
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