Saúde
Suposto monitor de glicose sem amostra sanguínea é irregular, afirma Anvisa
Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA) disse ainda não ter nenhuma denúncia registrada do aparelho desde janeiro até esta esta sexta-feira (27)
Foto: Divulgação
Mesmo após denúncias e queixas de famosos que tiveram suas imagens atreladas indevidamente por meio da Inteligência Artificial, o Glicomax, suposto aparelho que monitora a glicose sem a necessidade de amostra sanguínea, continua sendo vendido em sites online. Ao Metro1, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou que o produto é irregular no mercado, já que não foi identificado nenhuma regularização (registro/notificação) do produto de nome GLICOMAX Health.
Conforme explicou a Anvisa, não existe aprovado nenhum produto de diagnóstico in vitro para uso por leigos para monitoramento da glicemia que apresente as características descritas. O produto, vendido por até R$ 489, promete uma medição da glicose sem precisar furar o dedo, “sem dor e com máxima precisão".
"O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária é descentralizado, prevendo níveis de ação para os diferentes entes (União, estados e municípios). Desta forma, a fiscalização de produtos irregulares em estabelecimentos é realizada pelas vigilâncias sanitárias locais, em parceria também com outros órgãos, como as autoridades policiais", afirmo ainda. Embora diversos clientes tenham feito queixas ao Reclame Aqui, a Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA) disse ainda não ter nenhuma denúncia registrada do aparelho desde janeiro até esta sexta-feira (27).
Como é feita fiscalização de produtos vendidos online
Segundo explicou o diretor de Fiscalização do órgão baiano, Iratan Vilas Boas, para um produto poder ser verificado a Superintendência precisa ter registros das reclamações. "A gente precisa conhecer, para pesquisar o site, verificar qual o problema do produto, se é um produto permitido ou se é proibido. A partir daí a gente toma providência”, explicou.
Só após identificada a irregularidade no produto comercializado, o Procon irá notificar o fornecedor para que eles possam esclarecer o problema. “Provavelmente esse fornecedor será autuado. Ele recebe uma notificação do Procon e responderá um processo administrativo, sendo garantido o direito da ampla defesa do contraditório”, pontuou Iratan, ao afirmar que há maior possibilidade é de fornecedores com produtos irregulares serem multados, com um valor a ser definido a partir da dimensão da irregularidade.
Em caso de consumidores que se sentirem lesados após alguma compra, o órgão sinaliza haver a possibilidade do valor pago ser recuperado. Para isso, o cliente deverá buscar postos de atendimento do Procon para realizar uma reclamação. Ele deverá estar munido com comprovantes de pagamento e de conversação com o vendedor.
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