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Governo abre consulta pública sobre inclusão do Wegovy no SUS

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Governo abre consulta pública sobre inclusão do Wegovy no SUS

Conitec já emitiu parecer contrário à incorporação do medicamento emagrecedor; população pode enviar contribuições até 30 de junho

Governo abre consulta pública sobre inclusão do Wegovy no SUS

Foto: Reprodução/Freepik

Por: Metro1 no dia 09 de junho de 2025 às 14:16

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) abriu, nesta segunda-feira (9), uma consulta pública sobre a possível inclusão do Wegovy — caneta injetável usada no tratamento da obesidade — na lista de medicamentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde.

Apesar da abertura da consulta, o primeiro parecer da comissão foi desfavorável à incorporação do remédio. Segundo o relatório, pesaram contra o alto custo do tratamento, o impacto orçamentário para o SUS e a incerteza sobre o tempo ideal de uso da substância.

“Para essa recomendação, os membros consideraram a elevada razão custo-efetividade incremental da tecnologia avaliada, o elevado impacto orçamentário incremental e a incerteza do tempo de uso da semaglutida”, afirma o documento técnico.

A consulta pública fica aberta até 30 de junho, e as contribuições podem ser feitas online. Se aprovado, o uso do Wegovy será voltado a pacientes a partir dos 45 anos, sem diabetes, mas com histórico de problemas cardiovasculares.

Fabricado pela farmacêutica Novo Nordisk, o Wegovy tem como princípio ativo a semaglutida, também presente no Ozempic — este último indicado para o tratamento do diabetes, mas frequentemente usado para emagrecimento. A vice-presidente médica da Novo Nordisk no Brasil, Priscilla Mattar, defendeu a inclusão do remédio no SUS. “Ela oferece, pela primeira vez na rede pública, uma opção farmacológica comprovada e eficaz para o tratamento da obesidade”, afirmou.

Autorizado pela Anvisa em 2023, o Wegovy foi lançado no Brasil em agosto de 2024. A farmacêutica propôs ao SUS preços entre R$ 727 e R$ 1.090 por caixa — abaixo do valor praticado no mercado. O remédio mostrou bons resultados em testes, com perda de peso significativa e redução de até 20% no risco de infarto e AVC.