
Saúde
"Massacre orquestrado", denuncia Médicos sem Fronteira sobre Gaza
Relatório compila dados durante sete semanas em duas clínicas da ONG

Foto: Divulgação/Unicef
Integrantes do Médicos Sem Fronteiras (MSF) divulgaram nesta quinta-feira (7) uma denúncia que pede o fim imediato da atuação da Fundação Humanitária de Gaza (GHF) e defende o retorno da coordenação da ajuda humanitária pela Organização das Nações Unidas (ONU). Intitulado "Não é ajuda, é um massacre orquestrado", o documento traz relatos dos horrores testemunhados pelas equipes atuantes em duas clínicas que receberam regularmente um grande número de vítimas da violência nos locais administrados pela GHF.
“Também apelamos aos governos, especialmente aos Estados Unidos, bem como às instituições doadoras privadas, que suspendam todo o apoio financeiro e político à GHF, cujos locais de atuação são basicamente armadilhas mortais”, avalia o documento.
De acordo com os dados compilados entre 7 de junho e 24 de julho, foram admitidas 1.380 vítimas incluindo 28 mortos, nas clínicas de Al-Mawasi e Al-Attar, no Sul de Gaza, localizadas perto dos locais de distribuição administrados pela GHF. Durante essas sete semanas, as equipes dos MSF trataram 71 crianças com ferimentos à bala, 25 delas com menos de 15 anos.
Organizações humanitárias alertam que o risco de fome generalizada cresce a cada dia, com bombardeios atingindo infraestrutura civil e restrições severas à entrada de insumos básicos no território.
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