
Saúde
Brasil precisa de estrutura independente para enfrentar pandemias, apontam pesquisadores
Proposta teria custo anual de R$ 200 milhões e poderia blindar de influências ideológicas o trabalho na saúde

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Um grupo de trabalho do Ministério da Saúde, criado para pensar medidas de resposta a emergências sanitárias, sugeriu ao ministro Alexandre Padilha a implantação de uma estrutura independente voltada ao enfrentamento de futuras epidemias e pandemias, como a da Covid-19.
A informação foi revelada pela médica Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fiocruz e integrante do colegiado, durante sua participação como palestrante no encontro do programa “Unesp: por uma geração sem nicotina”, realizado neste mês. Segundo Dalcolmo, a proposta não prevê a criação de uma nova agência que rivalize com a Anvisa, nem uma cópia nacional do CDC, órgão norte-americano reconhecido como referência internacional.
A ideia é que o Brasil conte com uma instância autônoma em relação ao Ministério da Saúde, capaz de embasar políticas de Estado e preparar o sistema para reagir com mais eficiência a novas crises pandêmicas. A criação desse grupo de trabalho foi uma das primeiras medidas adotadas por Alexandre Padilha quando de sua posse à frente do ministério.
O objetivo do grupo, que tem caráter consultivo, é formular "propostas que subsidiem ampliar a capacidade do Estado brasileiro e fortalecer o Sistema Único de Saúde para enfrentar epidemias, pandemias e emergências em saúde pública no Brasil", segundo texto da portaria.
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