Lula inaugura centros de radioterapia em cinco cidades brasileiras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou, nesta quinta-feira (11), novos serviços de radioterapia em cinco municípios: Itabira (MG), Goiânia (GO), São Luís (MA), Marília (SP) e Colatina (ES). As entregas fazem parte do Agora Tem Especialistas, programa federal criado para reduzir o tempo de espera por atendimento especializado na rede pública, sobretudo no tratamento de câncer.

Em discurso, o presidente defendeu a garantia de igualdade no acesso à saúde: “Se o presidente Lula precisar utilizar uma máquina para fazer radioterapia, ele vai utilizar a mesma máquina que vocês estão utilizando. [...] Todos nós, dos mais humildes aos mais importantes, temos que ter os mesmos direitos e as mesmas oportunidades”, afirmou. Ele também criticou desigualdades no acesso ao tratamento, destacando que “uma sociedade humana não pode ter pessoas de primeira classe, que têm tudo, e pessoas de segunda classe, que não têm nada”.

Além de Itabira, receberam os novos aceleradores lineares: o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia; o Hospital Geral Tarquínio Lopes Filho, em São Luís; a Santa Casa de Misericórdia de Marília (SP); e o Hospital Maternidade São José, em Colatina (ES). O investimento para aquisição dos equipamentos ultrapassa R$ 67,5 milhões.

Segundo o Palácio do Planalto, 22 aceleradores lineares foram entregues apenas em 2024, garantindo que todos os estados passem a contar com serviços de radioterapia. Atualmente, o Sistema Único de Saúde tem 369 máquinas, responsáveis por 180,6 mil procedimentos neste ano.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 40% dos pacientes do SUS precisavam se deslocar fora da sua região de saúde para realizar radioterapia, percorrendo, em média, 145 quilômetros. A previsão da pasta é de que, com a compra de 121 aceleradores até 2026, o acesso ao tratamento seja ampliado e as distâncias percorridas pelos pacientes sejam reduzidas.

A radioterapia é indicada em cerca de 60% dos casos de câncer, e cada acelerador linear pode atender aproximadamente 600 novos pacientes por ano.