
Saúde
Médicos de família reduzem internações evitáveis e custos ao SUS, aponta estudo
Foi estimada uma redução geral de 11,89% nas internações por problemas como diabetes, hipertensão, asma, pneumonias e outras doenças respiratórias

Foto: Freepik
Um estudo publicado na revista científica BMJ (British Medical Medicine) concluiu que, quanto maior a carga horária de profissionais com residência em Medicina de Família e Comunidade (MFC) nas unidades de saúde, menores são os índices de internações por condições sensíveis à atenção primária, doenças que, quando bem acompanhadas na base, não deveriam resultar em hospitalizações. No total, foi estimada uma redução geral de 11,89% nas internações por problemas como diabetes, hipertensão, asma, pneumonias e outras doenças respiratórias.
O efeito é ainda mais expressivo quando analisado por tipo de doença. As internações por diabetes caem 32,8% em áreas com maior presença de médicos de família, seguidas por reduções de 19,5% nos casos de asma, 19,4% nas doenças respiratórias e 15,6% nas pneumonias bacterianas. Segundo os autores, esse desempenho reforça a importância da formação específica desses profissionais, que atuam com foco em acompanhamento contínuo, prevenção e cuidado integral.
A análise considerou mais de 600 mil internações registradas em Belo Horizonte entre 2017 e 2021, cruzando dados georreferenciados com a cobertura dos 152 centros de saúde da capital mineira. Para os pesquisadores, os resultados demonstram que investir em médicos de família e comunidade não só melhora a qualidade da atenção primária, como também reduz custos e pressões sobre a rede hospitalar.
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