
Saúde
Comprimido desenvolvido com inteligência artificial é sucesso contra psoríase
Medicamento experimental mostrou eficácia em estudos de fase final e pode chegar ao mercado a partir de 2026

Foto: Freepik
A farmacêutica japonesa Takeda informou que um comprimido experimental para o tratamento da psoríase, desenvolvido com apoio de inteligência artificial, apresentou resultados positivos em dois estudos de fase final. Segundo a empresa, mais da metade dos pacientes tratados com o fármaco teve a pele considerada limpa ou quase limpa após 16 semanas de uso.
O medicamento, chamado zasocitinib, é administrado uma vez ao dia. Diante dos resultados, a Takeda pretende submeter pedidos de autorização de comercialização à Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, e a outras agências regulatórias ao longo de 2026.
Apesar de pouco conhecida, a psoríase é uma doença inflamatória crônica, não contagiosa e sem cura, que afeta cerca de 100 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com o Relatório Global sobre Psoríase da Organização Mundial da Saúde (OMS). Fatores como inverno, infecções e estresse podem desencadear ou agravar as lesões.
A doença se manifesta principalmente na pele, com o aparecimento de placas avermelhadas e descamativas, que podem causar dor, coceira e impacto significativo na qualidade de vida, interferindo no trabalho e nas relações sociais. Em alguns casos, surgem bolhas de pus em áreas de pele mais espessa, como mãos e pés, além de maior coceira em regiões como o couro cabeludo.
Caso seja aprovado, o zasocitinib deverá disputar espaço em um mercado competitivo de tratamentos para psoríase em placas, que já conta com medicamentos orais consolidados, como Sotyktu, da Bristol Myers, e Otezla, da Amgen, além de opções injetáveis, como Tremfya, da Johnson & Johnson, Skyrizi, da AbbVie, e terapias da Novartis.
Segundo o Consenso Brasileiro de Psoríase, elaborado pela Associação Brasileira de Dermatologia, existem oito tipos reconhecidos da doença. A forma vulgar é a mais comum, caracterizada por placas secas e escamosas, enquanto outras variantes incluem a psoríase invertida, gutata, eritrodérmica, artropática, ungueal, pustulosa e palmo-plantar, que diferem quanto à localização, gravidade e sintomas apresentados.
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