
Saúde
Homem procura menos serviços de saúde pois trabalha mais, diz ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), divulgou nesta quinta-feira (11) um plano para aumentar as estatísticas de atendimento a homens na rede pública de saúde do Brasil. [Leia mais...]

Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), divulgou nesta quinta-feira (11) um plano para aumentar as estatísticas de atendimento a homens na rede pública de saúde do Brasil. A justificativa apresentada pelo ministro foi de que os homens têm menos tempo de ir aos aos serviços de saúde porque trabalham mais.
Os planos sugeridos foram nomeados como “Homem que se cuida curte todas as fases da vida de seus filhos – pré-natal também é coisa de homem!” e “Diagnóstico: homens morrem mais que mulheres e doenças que mais matam podem ser prevenidas”, durante evento realizado no ministério da Saúde.
"Eu acredito que é uma questão de hábito. Os homens trabalham mais, são os provedores da maioria das famílias e não acham tempo para a saúde preventiva. Isso precisa ser modificado. Nós queremos capturá-los para fazer os exames e cuidar da saúde. A meta destes guias é fazer que nossos servidores orientem os homens, que normalmente estão fora [de casa], trabalhando", declarou Barros.
O "pré-natal do homem" visa otimizar o tempo gasto por ele enquanto acompanha a sua mulher nos exames pré-natais. Assim como a mulher, receberia cartilhas informativas e cuidados médicos por também estar passando por um momento "mais sensível". Desde 2009 existem orientações na Política Nacional de Saúde do Homem sobre a realização desse projeto. Esse atendimento estendido já é realizado em estados como Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Distrito Federal.
O ministério planeja aumentar os atendimentos a homens na rede pública. Duas a cada três pessoas adultas mortas por “causas externas” são homens."É uma instrução que estamos dando às nossas equipes para tentar fazer com que os homens, que são arredios para esse questão de prevenção à saúde, possam ser captados pelo nosso sistema", disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
O levantamento também apontou que homens com idades entre 20 e 59 anos morrem mais que mulheres por doenças relacionadas a circulação e aparelho digestivo. Eles também vivem uma média de 7,3 anos a menos que mulheres.
Outro dado apresentado é que 31% dos homens declararam ao ministério da Saúde que não buscam atendimento em postos de saúde, sendo a falta de necessidade a justificativa apresentada por 55,1% dos entrevistados.
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