
Saúde
Pesquisador aponta alternativa para 'epidemia silenciosa' de superbactérias
Roberto Badaró defende que tratamento com os chamados "bacteriófagos" é o "futuro", já que antibióticos não oferecem mais uma resposta eficiente

Foto: Tácio Moreira/Metropress
O medico infectologista e pesquisador chefe do Instituto de Tecnologia em Saúde (ITS) do Senai/ Cimatec, Roberto Badaró, falou, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (28), sobre uma alternativa de combate às superbactérias, os chamados "bacteriófagos".
Ele alerta que os antibióticos já existentes não conseguem mais dar conta do combate aos organismos. As novas pesquisas custam caro e podem não dar respostas adequadas para responder ao problema.
"Apenas 4 indústrias farmacêuticas ainda investem algum dinheiro para fazer antibiótico. Porque o investimento para você chegar, desde a descoberta da molécula, até o uso nos pacientes, é investimento que chega em torno de um bilhão de dólares. Eles não querem fazer esse investimento e, no meio do caminho, a bactéria já está vencendo esse antibiótico", explicou.
Diante disso, Badaró afirma que a descoberta dos "bacteriófagos", a que se refere como "fagos", foi de 1915, mas acabou sendo deixada de lado com a chegada dos antibióticos. O infectologista explica que os fagos podem integrar ao ribossomo da bactéria e controlar os microorganismos.
"Então voltamos ao fago. Vamos fazer o controle natural e biológico. Acho que esse é o futuro. Não há esperança mais dos antibióticos e é uma epidemia silenciosa. São 10 bilhões de pessoas que vão morrer nos próximos 50 anos se não houver solução", aponta.
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