
Saúde
Especialistas investigam relação do Zika vírus com casos de microcefalia
Médicos da Maternidade Climério de Oliveira (MCO) e do Hospital Universitário Professor Edgar Santos (HUPES), vinculados à Universidade Federal da Bahia (UFBA), formaram um grupo de pesquisa com o objetivo de identificar as possíveis causas do aumento no número de bebês com microcefalia na Bahia e em outros estados da região Nordeste. [Leia mais...]

Foto: Divulgação / SMS
Médicos da Maternidade Climério de Oliveira (MCO) e do Hospital Universitário Professor Edgar Santos (HUPES), vinculados à Universidade Federal da Bahia (UFBA), formaram um grupo de pesquisa com o objetivo de identificar as possíveis causas do aumento no número de bebês com microcefalia na Bahia e em outros estados da região Nordeste.
Segundo o professor de obstetrícia da UFBA e especialista em medicina fetal, Manoel Sarno, há indícios muito fortes de que o Zika vírus esteja relacionado com o problema. “Ainda não é possível afirmar com toda a certeza, mas há fortes indícios que a epidemia por Zika vírus pode estar associada com este aumento no número de casos da microcefalia. Estamos fazendo um levantamento retrospectivo dos casos e aguardando a aprovação do Comitê de Ética para iniciar a coleta dos dados do estudo que vai responder estas questões, pegando casos de infecção aguda da Zika e fazendo o acompanhamento dessas gestantes”, explica o médico.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, classificou como gravíssimo o aumento dos registros de microcefalia no Nordeste e não descartou a possibilidade de que o problema se alastre para outros Estados e para outros países, caso fique comprovado que o problema está relacionado à transmissão vertical do Zika vírus.
Dados do Ministério da Saúde
Em todo o país, somente este ano, já foram registrados 399 casos da patologia, a maioria identificada nos últimos três meses, de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados esta semana. O estado com o maior número de casos, 268, é Pernambuco, que foi o primeiro estado a identificar aumento do índice. Depois, aparece Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí, Ceará e a Bahia, que, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), tem 13 registros.
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