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Médico infectologista Roberto Badaró esclarece dúvidas sobre uso de máscaras

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Médico infectologista Roberto Badaró esclarece dúvidas sobre uso de máscaras

Profissionais de saúde, imprensa e quem trabalha com o público deve usar material de proteção

Médico infectologista Roberto Badaró esclarece dúvidas sobre uso de máscaras

Foto: Matheus Simoni/ Metropress

Por: Juliana Almirante no dia 30 de março de 2020 às 08:25

O médico infectologista Roberto Badaró esclareceu, em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã de hoje (30), sobre o uso de máscaras de proteção ao novo coronavírus.

Ele explica que o equipamento é uma barreira contra as gotículas que saem quando alguém espirra ou tosse, ao fazer a dispersão de vários microorganismos.

"Foi assim que a tuberculose disseminou-se no mundo e hoje é a doença que mais mata no mundo. Talvez o efeito indireto desse aprendizado de como se proteger do Covid-19 vá diminuir também a tuberculose. A máscara é uma barreira que reduz de forma significativa. É por isso que, nos centros cirúrgicos, usamos máscara. Uma máscara simples, para não dispersar, na cirurgia as bactérias que podem contaminar o paciente. Essas máscaras simples, chamadas de cirúrgicas, têm uma barreira de proteção de quase 70% para vírus e 90% para bactéria", informa.

Já as máscaras de maior durabilidade, com espessura maior, são chamadas de N-95. Badaró afirma que alguns dos modelos surgem com modificações, umas até com aparelhos de respiração e proteção da saída do ar, para aqueles que usam óculos, por exemplo. A prioridade de uso é para os profissionais de saúde.

"Quem deve usar a máscara, em primeiro lugar, são os profissionais da área da saúde. Para eles, é imprescindível usar, dentro dos hospitais e dos ambulatórios, das UPAs. Eles têm chance maior de ter contato com quem está doente e pode eliminar o vírus. Depois, são vocês, profissionais de rádio e TV, que têm contato com todo mundo, com casos da doença. Tem que fazer reportagem protegido", alerta.

Também é indicado o uso de máscaras a quem trabalha com o público, fazendo atendimentos em instituições ou em mercados, por exemplo.

"Depois as pessoas que trabalham em lugares públicos, as pessoas que trabalham em mercados, que recebem pessoas, que trabalha em instituições em contato com o público. Eles têm que usar a máscara, porque diminui. Tem vários relatos de que a doença foi exclusiva em profissionais da saúde e em pessoas que trabalhavam em contato com o púbico. Esses dois são vulneráveis. Para a população em geral, no bloqueio feito na China, eles fizeram isso, porque a coisa estava tão desesperada que eles consideraram todo mundo possivelmente infectado. Mas, obviamente, dentro do seu carro e caminhando na rua, com distância devida, a máscara não é obrigatória. Não diria que é desnecessária, mas é dispensável", afirma.