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Terça-feira, 26 de março de 2024

Saúde

Doutor Bactéria comenta novos hábitos por conta da pandemia: 'Higiene está na moda'

Biomédico afirma que população poderia ter evitado grande proliferação de coronavírus se tivesse seguido as medidas de isolamento e usado a máscara corretamente

Doutor Bactéria comenta novos hábitos por conta da pandemia: 'Higiene está na moda'

Foto: Metropress

Por: Matheus Simoni no dia 29 de julho de 2020 às 13:40


O biomédico Roberto Martins Figueiredo, conhecido como Doutor Bactéria ao participar do quadro "Tá limpo" do programa Fantástico, comentou os novos hábitos em função da pandemia de coronavírus no país. De acordo com o especialista, a "higiene está na moda".

"Espero que não modifique muito. Olha que interessante, é um dado absurdo: se, durante 20 dias, conseguíssemos que os sintomáticos ficassem isolados, em casa ou no hospital, e todas as outras pessoas usassem máscara corretamente e mantivessem uma distância, acabaríamos a pandemia nesses 20 dias. O vírus não tem outra reserva, não teria com quem encontrar e com 20 dias, aproximadamente, o vírus iria acabar", comentou Figueiredo. Ainda de acordo com o Dr. Bactéria, muitas das medidas de segurança adotadas por autoridades não têm efeito prático contra o coronavírus.

"O vírus precisa de nosso organismo para se reproduzir. Se o homem não existir, ele também não existe. Fora da célula ou do corpo humano, ele é um grãozinho na areia. Esse pessoal que está jogando desinfetante no chão, nas casas, com esses caras vestidos de escafandro abóbora ou amarelo nas comunidades para pulverizar é uma besteira muito grande. O vírus não está lá. É a mesma coisa que colocar um grão de areia, colocar no quintal da casa e dizer que daqui a uma semana vai ter uma praia. Não vai multiplica", afirmou.

Outra estratégia criticada por ele é a preocupação de algumas pessoas na hora de higienizar sacos de compras. "Aquele alimento do supermercado que você comprou, as caixas que você trouxe para casa, sinceramente, está lá há muito mais que duas horas. Não precisaria nem lavar e desinfetar nenhuma caixa de alimentos, vocês estão perdendo tempo. As pessoas passam pano, álcool, crisolina, abençoa e põe água benta, não precisa fazer nada disso. Para ter um risco, precisaria ter na porta de uma casa uma pessoa doente para espirrar sobre os sacos de alimento. Não teria. Tem gente pegando saco plástico e deixando de castigo por três dias. Não precisa nada disso. Agora, tem que se lembrar que as outras bactérias não tiraram férias", alertou o especialista.