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Um modelo obviamente falido

Um modelo obviamente falido

A usura imobiliária arrebenta, rouba vento, luz, sol, tornando milionários mais milionários, criando novas fortunas

Um modelo obviamente falido

Foto: Reprodução

Por: Metro1 no dia 04 de abril de 2024 às 00:06

Uma pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) analisou 40 indicadores nas capitais brasileiras e apontou Salvador em último lugar no ranking de sete destes índices. A cidade dos soteropolitanos teve as piores taxas em áreas como pobreza, desnutrição infantil, desocupação e taxa de homicídio de jovens.

É possível dizer que, na maioria, todos esses dados estão na faixa dos “PPP’s”, pretos, pobres e periféricos. O último dado de Salvador, de 2021, mostra a desnutrição de crianças de até cinco estava em 4,03%. Em Teresina, essa taxa é de 0,44%. Esses dados são graves e importantíssimos, diante do debate que estamos travando e denunciando ao longo desse um ano: o modelo escolhido para gerar e distribuir renda na cidade. É uma coisa grotesca. A usura imobiliária arrebenta, rouba vento, luz, sol, tornando milionários mais milionários, criando novas fortunas e por aí vai.

São 12 anos de uma mesma corrente governando. Qual é a explicação para manter a cidade como o pior índice de desemprego do país. Em relação à segurança, pode-se dividir a responsabilidade com a gestão estadual, mas o resto é a escolha de um modelo para a gente da cidade. Obviamente, falido. Faz a fortuna de um, entrega nacos da cidade para os de sempre. Como explicar isso?

As oposições de Salvador, que tiver mais possibilidade, têm algum projeto para a cidade ou é mais do mesmo? Esse modelo deu certo? Ele está aí há mais de 12 anos, porque João Henrique fez o mesmo nos condomínios na Paralela. Quem paga a infraestrutura você construir aquelas centenas de prédios é a prefeitura e o estado. Esse modelo tem aproximadamente meio século e fez algumas empreiteiras se tornarem nacionais e internacionais. E como terminou, todos sabemos. Quebrou, porque eram os mesmos métodos: vão comendo a cidade, fazendo fortunas antigas e novas e fica todo mundo assistindo. É ineficaz.

Se o projeto de poder político-econômico é tornar uma cidade um paliteiro, isso só vai levar ao enriquecimento de poucos. Quero saber da oposição, é mais do mesmo? Se for mais do mesmo, meu amigo, peguem as canoas e fujam para o mar

*A análise foi feita pelo jornalista no programa Três Pontos, da Rádio Metropole, transmitido ao meio-dia às sextas-feiras