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Pablo Marçal: um atentado pra chamar de seu
Marçal, com suas performances estridentes, fez a eleição para a capital paulista despertar ainda mais o interesse nacional
Foto: Reprodução
A tônica das eleições envolvendo os candidatos considerados de extrema-direita parece que vem se tornando o atentado. Lá em 2018, Jair Bolsonaro tomou uma facada de Adélio Bispo, até hoje questionada, discutida, tema de documentário e das mais variadas conversas de botequim. Já este ano, em julho, nos Estados Unidos, Donald Trump levou um tiro de raspão, na orelha, durante um comício na cidade de Butler, estado da Pensilvânia. As imagens rapidamente se espalharam pelo mundo inteiro, colocando o candidato à presidência em uma posição comovente e também bastante discutida. Já no último domingo (15), o mesmo Trump estava jogando uma partida de golfe na Flórida quando tiros de fuzil foram disparados no local, sem, no entanto, o atingirem. Um homem suspeito foi preso: Ryan Wesley Routh, de cerca de 50 anos.
Enquanto isso, em São Paulo, como todos já sabem e até virou uma fábrica de memes, Pablo Marçal tomou uma violenta cadeirada de Datena durante um debate. Marçal, com suas performances estridentes, fez a eleição para a capital paulista despertar ainda mais o interesse nacional do que normalmente desperta. Em toda parte, só se fala em Pablo Marçal e suas respostas e provocações, para o bem e para o mal. A cadeirada, obviamente, tornou-se a imagem da semana e vem gerando discussões acaloradas. Para Marçal, do ponto de vista eleitoral, acredito que tenha sido bom: ele agora tem o seu próprio atentado, numa versão mais light. Em outra ocasião, o candidato pelo PRTB acusou o mesmo Datena de vender suas candidaturas. Ou a retirada delas. Bom, sendo um notório vendido, nada impede o apresentador de ter cobrado para cometer o crime de agressão.
Vejam bem, não estou dizendo que tenha sido uma cadeirada fake. Nem combinada. Mas, na prática, acabou servindo à função de, digamos assim, humanizar um pouco mais a figura de Pablo Marçal, que já vinha crescendo exponencialmente nas pesquisas. A cadeirada vai sair pela culatra? Ou era isso mesmo o que se desejava? Pois, como já vimos, atentados dão votos.
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