
Fernando Morais elogia e recomenda leitura da obra “Riso-Choro” de Mário Kertész: "Um belo registro da comunicação"
Jornalista e escritor exalta livro de memórias do querido amigo baiano

Foto: Reprodução/Guilherme Cabral
Aviso aos navegantes: a editora da Universidade Federal da Bahia acaba de colocar nas livrarias uma joia rara — o livro de memórias do querido amigo baiano Mário Kertész. Jornalista e prefeito de Salvador nomeado por Antonio Carlos Magalhães em 1979, Mário romperia com ACM, que passou a referir-se a ele nos palanques como “judeuzinho fedorento”.
Filiado ao MDB, Mário seria o primeiro prefeito de Salvador eleito pelo voto secreto, em 1985. Foi dele a iniciativa de restaurar o Centro Histórico de Salvador e de construir o moderno prédio da Prefeitura local, projetado por “Lelé” Filgueiras e Lina Bo Bardi.
Tentou fazer Gilberto Gil seu sucessor na Prefeitura, mas a candidatura foi vetada por Waldir Pires, o que levou Gil a compor a canção “Pode, Waldir?”, cujo refrão era uma provocação ao chefe baiano do MDB: “Se é poeta, veta!/Se é poeta, corta!/Se é poeta, fora!/Se é poeta, nunca!/Se o poeta é Gil!/Pra prefeito, não/Pra prefeito, não/E pra vereador:/Pode, Waldir?/Pode, Waldir?/Pode, Waldir?”. Não deixem de ler “Riso-Choro”, um belo registro da comunicação e da política dos nossos tempos.
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