Nosso Rubicão

 

Chegou a hora do pega pra capar. A violência será o maior discurso da extrema-direita nas eleições do próximo ano, para esconder as realizações do governo Lula-Alckmin-Haddad-Marina, os quatro pilares de sua sustentação, com o equilíbrio da economia e avanços nas políticas institucional, social e ambiental.

A ultradireita não só encontrou na barbárie o seu caminho demagógico de oposição ao governo, às forças progressistas e de comunicação com o povo, como está construindo com competência. O massacre do Rio de Janeiro é, ao mesmo tempo, a estreia e o corolário dessa estratégia fascista. 

Colocar o país em pânico, com a população clamando pelo combate ao crime organizado como prioridade número um do futuro governo, passou a ser o grande mote das forças do mal. Visam aterrorizar e empurrar as classes médias (alienadas, egoístas e oportunistas) a encampar suas teses de que “bandido bom é bandido morto”, além de fissurar e diminuir o apoio dos pobres ao presidente Lula.

Este é o sentido mais deletério das chacinas no Rio, e o tempo vai tornar essa estratégia mais evidente, através da repetição e institucionalização desse método cruel e abominável. Os democratas e as forças políticas que cultuam princípios básicos de convivência social precisam pensar urgentemente como se contrapor ao avanço do fascismo no Brasil, sob pena de termos que pagar com sacrifícios e dores, Deus sabe por quanto tempo.

Ninguém espere um novo 1 de abril de 64, com tanques e fuzis. Os golpistas modernizaram-se. Estão tentando destruir a Democracia por dentro, utilizando os próprios espaços democráticos. E as próximas eleições presidenciais vão definir o futuro do país, talvez por décadas.

As ruas, mas não somente elas, me parecem um bom início para o confronto que urge iniciar!

Alea Jacta Est!