Série 'As Bruxas de Mayfair' assombra com um retrato de poder feminino e maldições que passam de geração em geração

Rowan Mayfair (Alexandra Daddario) só queria ser reconhecida como uma grande cirurgiã. Mas, quando herda uma mansão em Nova Orleans e descobre ser a última de uma linhagem de bruxas poderosas, seu destino toma um rumo sombrio. As Bruxas de Mayfair, disponível no Prime Video, mergulha em um mundo onde magia, luxúria e maldições familiares se entrelaçam, mostrando que herdar um poder misterioso pode ser mais perigoso do que se imagina.

No centro da trama está Lasher, um espírito ancestral que observa - e manipula - as mulheres Mayfair há séculos. Parte protetor, parte predador, ele é o segredo mais bem guardado da família. A série encontra o equilíbrio perfeito entre o gótico de Anne Rice e um thriller psicológico moderno, onde cada revelação sobre o passado da família consegue ser mais pertubadora do que a última.

Entre rituais à meia-luz, pactos obscuros e uma mansão que esconde mais segredos que respostas, a produção brilha ao mostrar o preço desse poder. A protagonista precisa lidar não só com sua herança sobrenatural, mas com tias controladoras, primos ambiciosos e uma atração perigosa pelo espírito ancestral. A fotografia sombria de Nova Orleans e a trilha sonora inquietante complementam bem o suspense.

A obra se faz como um estudo sobre família, obsessão e o que estamos dispostos a sacrificar pelo poder. É uma boa série para quem gosta de A Maldição da Residência Hill, mas com um drama mais gótico, ou de Entrevista com um vampiro, mas preferindo bruxas a vampiros