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Série ‘Insecure’ transforma o crescimento de uma mulher negra em um material potente, engraçado e profundamente humano

Série ‘Insecure’ transforma o crescimento de uma mulher negra em um material potente, engraçado e profundamente humano

Com cinco temporadas na Max e na Netflix, a série fala de relações, trabalho e identidade de forma leve

Série ‘Insecure’ transforma o crescimento de uma mulher negra em um material potente, engraçado e profundamente humano

Foto: Divulgação

Por: Ismael Encarnação no dia 08 de julho de 2025 às 10:07

Crescer, amar, errar, recomeçar e fazer tudo de novo. Definitivamente, a vida não vem com um manual de instruções e, em meio aos dilemas da vida adulta, na série dramática Insecure, uma mulher negra tenta equilibrar o trabalho, amizades, autoestima e seus relacionamentos. A obra, disponível na Max e na Netflix, se passa em uma Los Angeles cheia de oportunidades e contradições, em uma mistura de humor e vulnerabilidade.

A protagonista, Issa Dee, não é heroína e nem vilã. É alguém que tenta e falha como todo mundo. A série explora com inteligência temas como insegurança emocional, racismo, pressão profissional e dinâmicas afetivas. As construções não são forçadas, o roteiro entrega situações cotidianas com sinceridade e, em sacadas inteligentes, trazem o desconforto de se ver ali, mesmo sem querer.

A fotografia valoriza tons quentes e composições que colocam a protagonista sempre em contraste com os espaços que ocupa. Os momentos de monólogo no espelho também funcionam como espelhos para o público, como se conversasse, de alguma forma, com quem vê, beirando a quebra da quarta parede, e soltando aquilo que não tem coragem de dizer aos outros. A trilha sonora demonstra uma escolha cuidadosa, passeia pelo R&B, hip hop e sons independentes, reforçando os gostos da protagonista e seus estados de espírito.

Insecure foi encerrada após cinco temporadas e entrou para a história da TV por mostrar como pode ser a vida de mulher negra, jovem e cheia de dúvidas, sem estereótipos ou exageros. A série oferece companhia, identificação e, muitas vezes, o alívio de saber que ninguém tem tudo sob controle.