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"Sabemos que na vila tem um monstro", diz pai de adolescente morta de forma brutal em Caraíva

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"Sabemos que na vila tem um monstro", diz pai de adolescente morta de forma brutal em Caraíva

A Polícia Civil afirmou que o material genético de quatro homens já foi coletado e 24 pessoas foram ouvidas sobre o caso

"Sabemos que na vila tem um monstro", diz pai de adolescente morta de forma brutal em Caraíva

Foto: Reprodução

Por: Maria Clara Andrade no dia 16 de dezembro de 2021 às 12:10

"A gente está muito preocupado porque sabemos que na vila tem um monstro dentro". É assim que Sebastian Gatti, 46, resume a sensação em Caraíva, distrito de Porto Seguro, após a morte de sua filha, Nayra, de 14 anos.

A menina foi encontrada morta após desaparecer no final da tarde da última quinta-feira (9). Antes do sumiço, Nayra estava acompanhada do pai e da irmã na vila, quando disse que queria voltar para casa. Sebastian conta que a menina foi sozinha.

Ao chegar em casa, Sebastian notou que Nayra não estava e deduziu que, por conta de um apagão, a menina teria ido para a casa de vizinhos. Por isso, ele diz que só saiu para procurá-la na manhã seguinte.

“Todo mundo conhece todo mundo na vila”, conta o pai. Apesar do clima familiar no local, dois episódios no vilarejo já haviam assustado os moradores anteriormente. Em janeiro de 2020 e em agosto de 2021, duas mulheres foram estupradas no distrito. Em um dos casos, o ato gerou repercussão nacional por se tratar de um estupro coletivo de uma turista espanhola.

No caso de Nayra, a Polícia Civil afirmou que o material genético de quatro homens já foi coletado. Além disso, a PC diz ter ouvido 24 pessoas sobre o caso. “Os possíveis caminhos de chegada e saída ao local onde o corpo da adolescente foi encontrado foram refeitos pelos policiais. A equipe está dedicada à análise das imagens recolhidas enquanto aguarda o resultado das perícias solicitadas”, completa.

Sebastian rememora a chuva que caía no dia do desaparecimento. No momento em que voltava para casa, ele se questiona se podia até ter passado pela filha sem saber, por conta da chuva e da falta de luz.