Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Sábado, 27 de julho de 2024

Home

/

Notícias

/

Bahia

/

Assassinato de Mãe Bernadete completa 15 dias; colegiado, comissão e observatório do CNJ acompanham o caso

Bahia

Assassinato de Mãe Bernadete completa 15 dias; colegiado, comissão e observatório do CNJ acompanham o caso

Crime também é investigado pelo grupo de trabalho que analisa questões relativas à regularização dos territórios quilombolas e pela Polícia Federal

Assassinato de Mãe Bernadete completa 15 dias; colegiado, comissão e observatório do CNJ acompanham o caso

Foto: Arte sobre foto de Walisson Braga/Conaq

Por: Metro1 no dia 31 de agosto de 2023 às 08:30

Atualizado: no dia 31 de agosto de 2023 às 08:39

O assassinato da liderança quilombola Maria Bernadete Pacífico, conhecida como Mãe Bernadete, de 72 anos, completa 15 dias nesta quinta-feira (31). A yalorixá foi morta com 22 tiros, dentro da casa onde estava com os netos, na cidade de Simões Filho, localizada na Região Metropolitana de Salvador.

Cerca de seis anos separam a morte de Mãe Bernadete e do seu filho, Flávio Gabriel Pacífico, o Binho do Quilombo. Ambos os crimes seguem sem resolução. Em busca de respostas, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) anunciou, nesta quarta-feira (30), que os assassinatos das duas lideranças serão acompanhados pelo Observatório das Causas de Grande Repercussão, colegiado que conta com a parceria do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Conforme o CNJ, a determinação da atuação do colegiado nos casos parte da presidente do órgão e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. A ministra se reuniu com Mãe Bernadete cerca mens de um mês antes da sua morte, quando escutou demandas de povos quilombolas baianos.

Weber determinou ainda a criação de uma comissão executiva especial para acompanhar os trabalhos de apuração. Na última sexta-feira (25), a ministra se reuniu com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, o desembargador Nilson Soares Castelo Branco. 

De acordo com Jerônimo Rodrigues, há três linhas de investigação sobre o crime: luta pelo território do Quilombo Pitanga dos Palmares, que não é titulado; intolerância religiosa e disputa de facções. O assassinato de Mãe Bernadete também é acompanhado pelo Observatório dos Direitos Humanos do Poder Judiciário, pelo grupo de trabalho criado pelo CNJ para analisar questões relativas à regularização dos territórios quilombolas e pela Polícia Federal.