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Cratera em Vera Cruz completa um ano e segue sem resposta

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Cratera em Vera Cruz completa um ano e segue sem resposta

Cratera em Vera Cruz completa um ano e segue sem resposta

Foto: OrtoPixel – Soluções com Drones, Geotecnologias e Arquitetura

Por: Alexandre Galvão no dia 30 de maio de 2019 às 00:00

Em 30 de maio de 2018 funcionários da Dow Química descobriram uma cratera na ilha de Matarandiba, na Bahia, com 46 metros de profundidade, 69 metros de comprimento e 29 metros de largura. Hoje, um ano depois, o que criou o buraco segue sem explicação e ele continua crescendo. Tem, atualmente, 92,6 metros de comprimento, 41,5 metros de largura e 36,3 metros de profundidade. 

De acordo com a empresa, o aumento do comprimento e largura e redução da profundidade é prevista e é característica deste fenômeno geológico. Esta tendência deve seguir até a completa estabilização do terreno, uma vez que, sob o ponto de vista técnico, a tendência é de que as bordas da erosão fiquem do mesmo tamanho que o fundo dela, e hoje a parte inferior ainda possui perímetro maior do que o das bordas superiores. Em sua base mais larga, o sinkhole conta com 120 metros de comprimento”. 

Sem uma resposta definitiva para o que causou a cratera, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) informou que recebeu solicitações de exploração de novos poços pela Dow Química, mas se comprometeu a não conceder novas licenças, salvo para um poço que servirá especificamente para estudo. Os novos licenciamentos não deverão ser concedidos até a conclusão dos estudos prevista pela Dow Química para o ano de 2020.

Localizado nas proximidades de uma vila em Vera Cruz, o buraco tem “poucas chances” de atingir o local, segundo a Dow Química. “A comunidade de Matarandiba está segura, assim como a atual área de exploração de salgema da Dow e os acessos à ilha. Além disso, a formação de um novo sinkhole (vazio subterrâneo) é extremamente improvável nessas áreas. Esta são as conclusões do estudo geomecânico concluído em novembro do ano passado pela Dow. A mesma conclusão foi obtida pela CPRM – Serviço Geológico do Brasil e ambos os estudos foram apresentados à Agência Nacional de Mineração (ANM)”, afirma. 

Recentemente a multinacional retirou do local parte dos seus funcionários. De acordo com a companhia, os funcionários foram retirados após uma “decisão conservadora”.  “Apesar de os estudos que mostram a remota possibilidade da formação de um sinkhole e das tecnologias de monitoramento em tempo real utilizadas, a Dow adotou uma postura altamente conservadora reduzindo preventivamente – e com efeito imediato - o número de pessoas que trabalham e circulam nas áreas administrativas de nossa operação em Matarandiba e próximas aos poços de extração de salgema desativados na década de 1980 para o mínimo possível, para atender uma das solicitações do Inema. Atualmente, nove funcionários e 21 contratados atuam na operação em Matarandiba”, disse, em resposta ao Metro1.