
Brasil
“Não saberemos jamais tudo que a inquisição praticou”, diz escritora
A professora e escritora Anita Novinsky falou na tarde desta sexta-feira (12), em entrevista à Rádio Metrópole, sobre seu livro mais recente “Os judeus que construíram o Brasil”. [Leia mais...]

Foto: Divulgação
A professora e escritora Anita Novinsky falou na tarde desta sexta-feira (12), em entrevista à Rádio Metrópole, sobre seu livro mais recente “Os judeus que construíram o Brasil”. Segundo ela, foi com a abertura dos arquivos portugueses que houve uma atitude extremamente surpresa de encontrar uma história do Brasil que não foi escrita durante 500 anos. “Os grandes historiadores nem mencionam, uma história completamente desconhecida, inédita, e que os historiadores não conheciam, então é uma história que não foi escrita, que revela uma quantidade de fatos na história do Brasil que tem que ser considerados”, afirmou sobre as fontes de consulta que utilizou para escrever o livro.
“Esses documentos estavam no arquivo nacional, em Portugal, mas nem sempre estiveram nesses arquivos, houve um tempo que estava nos arquivos da Biblioteca Nacional, depois foi transferido, e nessa transferência em caminhões abertos, milhares de documentos perderam, porque chovia, molharam, caiu pelo chão, não se dava importância, e quando chegaram realmente aos arquivos, essa documentação estava toda ela deteriorada, uma grande parte ilegível, e é assim que a encontramos hoje”, destacou a escritora.
“Não saberemos jamais tudo que a inquisição praticou, jamais conheceremos todos os atos da inquisição, assim como todos os que morreram que foram torturados, nada disso jamais será conhecido porque perdeu-se. Houve terremotos, deterioração por causa de enchentes, o resto os bichos e o tempo fizeram, o que ficou é o que sabemos e o que podemos consultar, mas não quer dizer que é todo o material que a inquisição produziu”, completou.
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