
Brasil
Motorista do Porsche que atropelou motoboy recebe prisão preventiva
Dias antes do caso, Igor Sauceda também havia perseguido uma família de ex-sócios com o veículo de luxo

Foto: Reprodução/Tv Globo
Igor Sauceda, o motorista da Porsche que atropelou e matou o motociclista em São Paulo, passou por audiência de custódia na tarde desta terça-feira (30), e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pelo juiz. Com isso, ele continuará preso.
O advogado de Igor, afirmou que ocorreu “uma fatalidade” e “um acidente de trânsito”, enfatizando que o cliente não possui nenhum antecedente criminal e não estava alcoolizado. Ele passou pelo teste do bafômetro e não foi constatado consumo de bebida alcoólica.
O caso aconteceu na madrugada da última segunda (29) na Avenida Interlagos, na zona sul da capital paulista. O condutor do veículo de luxo, teria se desentendido com Pedro Kaique Ventura, 21, por um toque no retrovisor. Ambos tiveram uma briga de trânsito e, na sequência, o motorista atropelou o motociclista. Segundo testemunhas a ação foi intencional.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que ele responderá por homicídio doloso com dolo eventual por motivo fútil ou torpe, após análise de câmeras de seguranças e depoimentos.
Perseguição contra família dias antes
Dias antes de Igor ter atropelado o motoboy, ele teria perseguido uma família, no último dia 20 de julho, usando o mesmo veículo, segundo a defesa das vítimas. Segundo relatos, o dono do carro de luxo perseguiu o carro da família por cerca de 40 minutos, até a região de Interlagos.
Cleusa Souza e Erinaldo Joaquim dos Santos estavam no carro com a filha Beatriz Santos, que era sócia de Igor em um estabelecimento. A filha do casal gravou as manobras de Igor enquanto sua mãe, Cleusa, dirigia.
A família pretende contribuir com a investigação da morte de Pedro Kaique Ventura Figueiredo. “Queremos auxiliar à Justiça e mostrar que não foi um caso isolado. Ele já vinha usando o carro dele como uma arma, de maneira violenta”, relatou o advogado da família.
A defesa ainda afirmou que a família que gravou a perseguição sofria ameaças constantes de morte vindas de Igor e seus familiares. O motivo da intimidação se deu por uma ação, movida por eles, para reivindicar sua parte na sociedade do bar.
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