
Brasil
Juliana Marins pediu socorro por 14 horas após queda, revelam testemunhas
Nova perícia mostra sofrimento prolongado antes da morte

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Juliana Marins, de 26 anos, foi ouvida pedindo ajuda por cerca de 14 horas após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (11), em entrevista coletiva no Rio de Janeiro com a presença da Defensoria Pública da União e dos peritos responsáveis pelo novo laudo. Turistas espanhóis ouviram os gritos da brasileira às 8h54 (horário local), buscaram sua identidade nas redes sociais e entraram em contato com a família, enviando localização e imagens do local.
Segundo a irmã da vítima, uma imagem enviada por drone confirmou a presença de Juliana. Imagens exibidas na coletiva mostraram o terreno acidentado onde a jovem ficou por horas, antes de sofrer uma segunda queda, considerada fatal. Exames de entomologia forense indicam que ela pode ter resistido por até 32 horas, com morte estimada ao meio-dia do dia 22.
O perito Nelson Massini afirmou que Juliana teve uma morte dolorosa, com múltiplos traumas e hemorragia interna. “Foi um processo de sofrimento, com dificuldade respiratória enorme. Os alvéolos pulmonares estavam cheios de sangue. Entra-se numa agonia respiratória e, em seguida, ocorre a morte”, explicou. O legista Reginaldo Pereira detalhou que a análise das larvas no corpo da jovem foi essencial para determinar o tempo de sobrevida.
A defensora pública federal Taísa Bittencourt Leal Queiroz destacou que a família poderá atuar em três frentes: criminal, cível e internacional. A Defensoria solicitou à Polícia Federal a reabertura de inquérito com base no princípio da extraterritorialidade, que depende de solicitação formal ao Ministério da Justiça. A família ainda avalia entrar com ação contra o governo da Indonésia ou levar o caso à Comissão de Direitos Humanos da ONU.
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