
Brasil
Quilombo de luto: homenagens marcam dois anos do crime contra Mãe Bernadete
Liderança quilombola denunciava crimes ambientais e violência no território

Foto: Reprodução/TV Bahia
Há dois anos, completados neste domingo (17), Maria Bernadete Pacífico, conhecida como Mãe Bernadete, foi assassinada dentro de casa, no Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho (BA). Líder religiosa e defensora dos direitos quilombolas, ela havia denunciado a atuação de traficantes e madeireiros ilegais na região. Investigações apontam que os responsáveis pelo crime tinham interesse em explorar uma área preservada do quilombo.
Em 2024, cinco suspeitos foram denunciados pelo Ministério Público. Três estão presos e dois continuam foragidos. Eles serão julgados em júri popular, ainda sem data definida. A comunidade, que também perdeu Flávio Gabriel, filho de Mãe Bernadete, anos antes, segue cobrando justiça e preservando seu legado.
No segundo aniversário da morte da líder, a comunidade promoveu homenagens com celebrações religiosas e atos simbólicos. A ministra dos Direitos Humanos esteve presente e reforçou o compromisso do governo com a proteção das comunidades quilombolas e a garantia de seus territórios.
Dados recentes do Terra de Direitos e Justiça Global mostram que o Brasil segue entre os países mais perigosos para defensores de direitos humanos. Mesmo com redução nos casos, uma pessoa é vítima de violência a cada 36 horas por lutar por causas sociais e ambientais.
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