
Brasil
Mesmo com mais estudo e atuação, mulheres recebem menos que homens, diz IBGE
Censo 2022 mostra desigualdade de gênero na ocupação e nos rendimentos, mesmo com maior escolaridade entre mulheres

Foto: Marcello Casal/ Agência Brasil
Apesar de representarem 52% da população, as mulheres continuam sub-representadas no mercado de trabalho, segundo o Censo Demográfico 2022 do IBGE. Apenas 44,9% das mulheres com 14 anos ou mais estavam ocupadas, contra 62,9% dos homens, fazendo com que elas representassem apenas 43,6% da força de trabalho no país.
A desigualdade também aparece nos rendimentos. Enquanto os homens ganhavam, em média, R$ 3.115 por mês, as mulheres recebiam R$ 2.506, uma diferença de R$ 609. A disparidade aumenta entre pessoas com ensino superior: homens com diploma recebiam, em média, R$ 7.347, enquanto mulheres com o mesmo nível de escolaridade ganhavam R$ 4.591, cerca de 60% do valor masculino.
O dado é ainda mais preocupante considerando que as mulheres são, em média, mais instruídas. O levantamento mostra que 28,9% das trabalhadoras tinham ensino superior completo, contra apenas 17,3% dos homens ocupados, reforçando a persistente desigualdade de gênero no mercado de trabalho brasileiro.
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