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“Negacionismo de Milei e Trump não apaga presença de seus países na COP30”, diz Marina Silva

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“Negacionismo de Milei e Trump não apaga presença de seus países na COP30”, diz Marina Silva

Ministra afirma que Estados Unidos e Argentina estarão representados por governos locais e sociedade civil na conferência em Belém

“Negacionismo de Milei e Trump não apaga presença de seus países na COP30”, diz Marina Silva

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Por: Metro1 no dia 11 de outubro de 2025 às 14:30

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que, apesar das posturas negacionistas de líderes como Javier Milei, da Argentina, e Donald Trump, dos Estados Unidos, isso “não significa um apagão da presença” desses países na COP30, conferência do clima da ONU que será realizada em Belém, de 10 a 21 de novembro.

Segundo Marina, as nações continuarão representadas por governos subnacionais, prefeituras e entidades da sociedade civil. Ela citou o recente acordo entre o Brasil e o estado da Califórnia para a transição energética, mesmo com as políticas ambientais restritivas adotadas por Trump em nível federal.

A ministra também destacou que a prefeitura de Buenos Aires participará da conferência, “em que pese a postura de Javier Milei [...] contra o clima”. Ainda assim, admitiu que esses governos dificultam as negociações e o avanço das políticas globais de combate às mudanças climáticas.

O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, lembrou que, embora Trump tenha anunciado a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, “nenhum outro país saiu [seguindo os EUA]”. Ele classificou como frustrante o baixo número de países que já apresentaram suas novas metas de redução de emissões (NDCs).

Entre os quatro maiores emissores do mundo, apenas os EUA — ainda sob o governo Joe Biden — e a China apresentaram suas NDCs. Índia e União Europeia ainda não entregaram as novas metas.

Marina reforçou que a transição energética é essencial para reduzir as emissões globais, já que cerca de 75% delas vêm da queima de combustíveis fósseis. Ela destacou o exemplo do Brasil, que reduziu o desmatamento em 46% na Amazônia e 36% no país.

“Fomos capazes de reduzir o desmatamento em 46% na Amazônia e 36% no país [...] e o agronegócio cresceu 15%, e a renda per capita cresceu 11%”, afirmou a ministra.