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Mais de 1,2 milhão de aposentados ainda não pediram reembolso de descontos irregulares do INSS

Pedido inclui detalhes sobre lesões, trajetória de tiros e fotos dos corpos; operação teve 119 mortos e é a mais letal da história do Rio

Foto: Eusébio Gomes/TV Brasil
O Ministério Público Federal (MPF) deu prazo de 48 horas para que o Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro envie todos os dados da perícia dos corpos das vítimas da megaoperação policial realizada nesta terça-feira (28) nas comunidades da Penha e do Alemão, na zona norte da capital.
O pedido foi feito nesta quarta-feira (29) pelo procurador regional dos direitos do cidadão adjunto, Julio José Araujo Junior, que justificou a urgência diante da gravidade do caso. O MPF solicita que os laudos necroscópicos incluam a descrição completa das lesões internas e externas, a trajetória dos projéteis, o exame radiográfico dos corpos, croquis e fotos detalhadas das vítimas.
A operação, que reuniu 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, deixou 119 mortos — incluindo quatro policiais — e foi classificada por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) como a mais letal já registrada no estado desde 1990.
Enquanto o governo do Rio afirma que os mortos eram “narcoterroristas” ligados ao Comando Vermelho, movimentos de direitos humanos e o Alto Comissariado da ONU classificaram a ação como uma chacina e cobraram investigação independente.
O Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União também pediram explicações ao governador Cláudio Castro (PL), solicitando que o governo comprove que seguiu as regras da ADPF 635 — decisão do Supremo Tribunal Federal que define protocolos para reduzir a letalidade policial.
O governador, por sua vez, chamou a ADPF de “maldita” e disse que a norma “atrapalha o trabalho policial e beneficia criminosos”. O ministro Alexandre de Moraes, relator temporário da ação, deu 24 horas para que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre a operação.
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