Uniões consensuais superam casamentos formais no Brasil pela primeira vez

As uniões consensuais, ou união estável (US), já representam a maior forma de relacionamento conjugal no Brasil, superando os casamentos civis e religiosos. Em 2022, 38,9% das relações se enquadravam como consensuais, totalizando 35,1 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a primeira vez que esse tipo de união ultrapassa o matrimônio formal.

Entre 2000 e 2022, os casamentos civis e religiosos caíram de 49,4% para 37,9%. A mudança é mais evidente entre jovens de 20 a 39 anos, em que as uniões consensuais predominam sobre os casamentos formais, chegando a 24,8% no grupo de 20 a 29 anos.

A pesquisa aponta que a maior parte das uniões consensuais está entre pessoas de menor renda e sem filiação religiosa. Entre os que recebem até um salário mínimo, essa forma de convivência supera os casamentos tradicionais, e entre casais sem religião, chega a 62,5%.

No total, mais da metade da população com 10 anos ou mais vive em relação conjugal, com idade média da primeira união em 25 anos (23,6 para mulheres e 26,3 para homens).