
Brasil
Manifestantes ocupam frente da sede da PF em Brasília após prisão de Bolsonaro
Apoiadores e críticos se concentram em frente à Superintendência da PF

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Manifestantes favoráveis e contrários ao ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram, na manhã deste sábado (22), diante da Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, onde o réu foi levado após sua prisão.
De um lado da via, grupos críticos ao ex-presidente cantavam, comemoravam e exibiam cartazes. No lado oposto, apoiadores permaneceram mobilizados em defesa de Bolsonaro.
O clima no local também envolveu motoristas que passavam e se manifestavam com buzinaços, gritos de apoio ou insultos. Entre os presentes, uma manifestante chegou a estourar uma garrafa de champanhe para celebrar a prisão.
Ainda no início da manhã, o músico Fabiano Trompetista compareceu ao local e executou a marcha fúnebre, em referência à detenção do ex-presidente.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) também esteve diante do prédio da PF e classificou a prisão como uma “perseguição política absurda e inconstitucional”.
Bolsonaro foi preso preventivamente por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão ocorreu após o ex-presidente convocar uma vigília para este sábado, nas imediações da residência onde cumpria prisão domiciliar, ato que, segundo Moraes, poderia gerar tumulto e até facilitar “eventual tentativa de fuga do réu”. O ministro afirmou ainda que houve tentativa de violação da tornozeleira eletrônica durante a madrugada.
A audiência de custódia está marcada para este domingo (23). A defesa do ex-presidente informou que irá recorrer. Condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista, Bolsonaro e os demais réus podem ter as penas executadas nas próximas semanas.
Desde 4 de agosto, o ex-presidente cumpria prisão domiciliar em razão do descumprimento de medidas cautelares impostas pelo STF, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acessar representações diplomáticas, manter contato com autoridades estrangeiras ou utilizar redes sociais, direta ou indiretamente.
Na sede da Polícia Federal, Bolsonaro recebeu medicamentos e atendimento médico, autorizado pelo Supremo.
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