
Brasil
Toffoli impõe sigilo rígido em investigação sobre presidente do Banco Master
Ministro do STF restringe acesso a processo que envolve suspeitas de gestão fraudulenta e organização criminosa

Foto: Andressa Anholete/STF
O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou um regime de sigilo amplo no processo que envolve o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, investigado por suspeita de fraudes financeiras.
Segundo interlocutores do ministro, o objetivo é impedir vazamentos que possam comprometer o andamento das apurações ou gerar nulidades futuras. A Corte afirma que, conforme resolução interna aprovada em julho deste ano, o relator pode manter ou revisar o grau de sigilo “a qualquer tempo”.
A defesa de Vorcaro recorreu ao Supremo alegando que a Justiça Federal do Distrito Federal, responsável por autorizar a operação policial em 17 de novembro, não seria a instância adequada para conduzir o caso. O argumento se baseia em um contrato imobiliário apreendido pela PF que menciona o deputado João Carlos Bacelar (PL-BA), parlamentar com foro privilegiado.
Bacelar afirmou ter participado da criação de um fundo para construção de um condomínio em Trancoso (BA) e disse que Vorcaro demonstrou interesse no projeto, mas a negociação não avançou.
Vorcaro ficou preso por dez dias e foi liberado por decisão da desembargadora Solange Salgado, do TRF-1, que determinou o uso de tornozeleira eletrônica. Ele é investigado por supostamente integrar um esquema de emissão de títulos de crédito falsos e pode responder por crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa.
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