Cidade
Estabelecimentos criticam volta do 'fim de semana sem álcool' em Salvador
Presidente executivo da Abrasel, Luiz Henrique do Amaral, afirma que "é impossível atingir qualquer equilíbrio financeiro" com restrições
Foto: Pixabay
As atuais condições de retomada das atividades comerciais em Salvador seguem penalizando os bares e restaurantes da capital baiana. É o que diz a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), seção bahia. Com toque de recolher às 20h e venda de bebidas alcoólicas proibida - a partir das 18h desta sexta (16) às 5h da segunda (19) - o presidente executivo da entidade, Luiz Henrique do Amaral, afirma que "é impossível atingir qualquer equilíbrio financeiro".
"Além dessas decisões, a capital ainda proíbe o funcionamento do segmento em dois dias da semana - segunda e terça - e dos estabelecimentos dentro dos shoppings e centros comerciais aos domingos e segundas. Tudo isso torna impossível qualquer equilíbrio, principalmente financeiro", afirmou.
Na semana passada, primeiro 'fim de semana sem álcool', cerca de 20% dos estabelecimentos conseguiram abrir suas portas, o que, segundo Luiz Henrique, não significa que conseguiram resultados satisfatórios. "O setor está buscando incansavelmente a mudança dessas condições, porque, atualmente, essa retomada do comércio não é verdadeira. Precisamos também de vacinas. Esse é o grande desafio. Sem elas só estamos fazendo gestão do caos".
A busca de alternativas que colaborem para a sobrevivência dos estabelecimentos, entretanto, não são suficientes para manter os serviços funcionando. Na primeira semana de abril a porcentagem de bares e restaurantes que não conseguiram pagar seus funcionários chegou a 91%. Segundo Luiz Henrique, as medidas adotadas pelo setor são paliativas e, se os decretos forem prorrogados, sete em cada 10 bares e restaurantes da Bahia correm o risco de fechar.
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