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Doulas criticam burocracia e dizem que documentos não evitam fraudes na vacinação

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Doulas criticam burocracia e dizem que documentos não evitam fraudes na vacinação

Afirmação foi feita em resposta ao esclarecimento do secretário municipal de Saúde sobre exigência de documentos

Doulas criticam burocracia e dizem que documentos não evitam fraudes na vacinação

Foto: Jefferson Peixoto / Secom

Por: Adele Robichez no dia 20 de abril de 2021 às 10:36

A presidente da Associação de Doulas da Bahia (Adoba), Tarsila Leão, discordou nesta terça-feira (20) da afirmação feita pelo secretário municipal de Saúde, Leo Prates, durante o Jornal da Cidade, na Rádio Metrópole. De acordo com ela, a exigência dos documentos solicitados na vacinação contra o coronavírus não evita fraudes e não corresponde com o serviço das assistentes de parto.

“Por termos uma ocupação e não sermos uma profissão, ainda que tenhamos esses documentos, nenhum consta com o nosso serviço de doula, ou seja, não é comprovante de atuação”, explicou Tarsila ao Metro1. As doulas são trabalhadoras que assistem os partos e acompanham as gestantes, ocupação não profissional reconhecida pelo governo federal.

“Portanto, se alguém quiser usar de má fé, como sugeriu o nosso secretário de saúde Léo Prates, continuará sendo possível, através dos documentos exigidos”, concluiu a presidente da associação.

A discussão foi gerada a partir de uma denúncia feita pela Adoba ontem (19) sobre trabalhadoras da categoria barradas na imunização. Os postos de vacinação passaram a recusar a declaração e a carteirinha da associação, fornecidas a doulas associadas.

Diante da situação, o secretário da Saúde esclareceu que o rigor na exigência da documentação é "para evitar fraudes e comprovar que os profissionais exercem as atividades". São exigidos documento oficial de identificação com foto, cópia do último imposto de renda ou cópia do comprovante atualizado de pagamento do ISS, contrato de pessoa jurídica ativa ou uma última nota fiscal.

Segundo dados da associação, 29 doulas foram vacinadas contra o coronavírus em Salvador. Todas apresentaram um documento de identificação com foto. Destas, 62% apresentaram a declaração da Adoba; 20%, a carteirinha da Adoba; 27%, algum tipo de contrato vigente; 9%, a declaração de imposto de renda; e 3%, uma nota fiscal.