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Empresário preso por sonegar R$ 15 mi driblava Receita há 14 anos

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Empresário preso por sonegar R$ 15 mi driblava Receita há 14 anos

Justiça determinou o bloqueio dos bens das pessoas físicas e jurídicas envolvidas

Empresário preso por sonegar R$ 15 mi driblava Receita há 14 anos

Foto: Reprodução

Por: Metro1 no dia 28 de outubro de 2021 às 08:47

O empresário preso por suspeita de sonegar R$ 15 milhões em impostos, em Salvador e Região Metropolitana, driblava a Receita Federal há pelo menos 15 anos, de acordo com informações do Ministério Público. O homem, com atuação no ramo de embalagens plásticas, não teve a identidade revelada e foi detido no Residencial Villa Toscana, no Horto Florestal, na manhã de quarta-feira (27).

A Justiça determinou ainda o bloqueio dos bens das pessoas físicas e jurídicas envolvidas para garantir a recuperação dos valores sonegados. Durante a investigação, a força-tarefa da Operação Invólucro, veio à tona que o gestor das empresas criava empresas em nome de laranjas, dentre eles funcionários de fazendas pertencentes ao investigado. A ação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal do Ministério Público estadual (Gaesf), com o apoio do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil da Bahia.

Essas empresas eram posteriormente abandonadas e imediatamente sucedidas por outras, no mesmo segmento de mercado, deixando valores expressivos de débitos tributários e promovendo a blindagem patrimonial do verdadeiro gestor do grupo. A investigação foi iniciada após denúncia anônima registrada na Ouvidoria do Ministério Público estadual.

Na operação, foram apreendidos celulares, computadores e documentos que serão encaminhados à perícia. Foi cumprido, também, o mandado de prisão temporária de um dos investigados, que será encaminhado à Polinter (Serviço de Polícia Interestadual), onde deve cumprir o prazo inicial de cinco dias. Quatro empresas já haviam sido identificadas na investigação e uma quinta foi descoberta durante a operação de hoje.

Coordenador do Gaesf, o promotor de Justiça Hugo Casciano, ressaltou que o processo ainda está em fase de coletas de provas, aprofundando as investigações, mas que já existem elementos comprobatórios significativos. Segundo ele, há a caracterização documental de vínculo desse gestor com empresas nas quais ele não tem participação formal.