Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Home

/

Notícias

/

Cidade

/

Após ataques racistas, Portinari chama atitude de "inaceitável" e diz que tema será "trabalhado internamente"

Cidade

Após ataques racistas, Portinari chama atitude de "inaceitável" e diz que tema será "trabalhado internamente"

Instituição de ensino também informou que "aplicará medidas disciplinares aos alunos que participaram deste ato"

Após ataques racistas, Portinari chama atitude de "inaceitável" e diz que tema será "trabalhado internamente"

Foto: Reprodução

Por: Adele Robichez no dia 18 de novembro de 2021 às 13:28

Após graves ataques racistas contra uma adolescente negra de 14 anos por colegas de sala, em mensagens em um grupo que reúne estudantes do Colégio Cândido Portinari, localizado no bairro do Costa Azul, em Salvador, a instituição de ensino informou que "aplicará medidas disciplinares aos alunos que participaram deste ato".

Ressaltando que o caso de discriminação aconteceu "fora do ambiente escolar", o colégio informou que "o tema será trabalhado internamente para promover a reflexão e a escola". O Portinari também comunicou que "a direção e professores mantiveram contato com as famílias envolvidas para oferecer um acompanhamento e orientação a respeito dessa conduta inaceitável".

Por fim, a nota da unidade privada adicionou que reforça os "esforços em estimular uma consciência solidária e empática onde não caiba qualquer atitude ou pensamento discriminatório e/ou preconceituoso junto aos nossos alunos".

Filha de um porteiro do colégio, a vítima é bolsista da escola. No grupo escolar, ela sofreu uma série de insultos racistas e preconceituosos por ser moradora da periferia. Nas mensagens dos estudantes, a menina foi ridicularizada por viver na favela e também foi insinuado que o seu pai é assaltante.

Um caso similar veio à tona no início da semana passada. Também em um colégio particular de Salvador, o Sartre - Escola SEB, no Itaigara, manifestações racistas foram compartilhadas em um grupo de alunos da unidade. Outro, publicado na edição desta quinta-feira (18) do Jornal da Metropole traz a denúncia de uma professora negra que, ao apresentar aos estudantes a coleção de contos 'Olhos D'água', da premiada escritora mineira Conceição Evaristo, acabou hostilizada pelos alunos e afastada da turma por decisão da direção.