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Leilão do Arquivo Público: Entidades se organizam para enfrentar decisão judicial
Prédio está ameaçado por decisão judicial, transitado em julgado, que permite o leilão do espaço e desabriga 41 milhões de documentos históricos

Foto: Carla Ornelas/GOVBA
Representantes de mais de dez entidades comprometidas com a preservação do patrimônio histórico e cultural se reuniram na manhã desta quinta (18), no Solar Góes Calmon, sede da Academia de Letras da Bahia (ALB), para se articularem juridicamente e na mobilização social em defesa da Quinta do Tanque, prédio em que funciona, nos últimos 40 anos, o Acervo Público do Estado da Bahia (Apeb).
O prédio está ameaçado por decisão judicial, transitado em julgado, que permite o leilão do espaço e desabriga 41 milhões de documentos históricos, de cinco conjuntos de acervo, os mais antigos com 470 anos.
Entre as medidas discutidas, e que passam a ser organizadas entre as entidades, estão um estudo jurídico detalhado para identificação de possíveis ações que podem ser movidas; uma mobilização internacional, diante da relevância do museu para a história mundial, incluindo a busca de novos títulos que reforcem tal importância, como o de Patrimônio da Humanidade; a organização e produção de documentos que registrem o histórico do prédio datado do século XVI, até mesmo ações simbólicas, como o planejamento de um abraço coletivo na Quinta do Tanque ou mesmo uma vigília no local.
Reuniram-se os representantes da Academia de Letras da Bahia (ALB), da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento da Bahia (IAB-BA), da seção baiana da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), além de professores da Universidade Federal da Bahia, historiadores e membros de conselhos consultivos e fóruns relacionados ao patrimônio.
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