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Após queixa de moradores, ato defende permanência de albergue para população de rua em Itapuã

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Após queixa de moradores, ato defende permanência de albergue para população de rua em Itapuã

Ação acontece em resposta a protesto que, entre reinvindicações, pediu retirada de unidade de acolhimento relacionando-a com aumento de violência na região

Após queixa de moradores, ato defende permanência de albergue para população de rua em Itapuã

Foto: Reprodução

Por: Adele Robichez no dia 02 de março de 2022 às 17:02

A população em situação de rua junto com organizações que trabalham em prol da comunidade farão um ato em defesa aos direitos da categoria nesta quinta-feira (3). A ação acontecerá em frente à 12ª Delegacia, na orla de Itapuã, em Salvador.

O ato acontece, segundo um comunicado divulgado pelo Movimento População de Rua, após moradores do bairro reivindicarem, em uma pequena manifestação contra o abandono do poder público ocorrida na última semana, a retirada do albergue de acolhimento à população em vulnerabilidade social. No protesto desta quinta, será defendida a permanência e importância da Unidade de Acolhimento Emergencial (UAE) Pérolas de Itapuã.

"Alguns moradores estão dizendo que após a implantação de infraestruturas de acolhimento para a população de rua, aumentou violência no bairro. Isso não é verdade. Eles estão pedindo para que os albergues sejam fechados, assim como tudo que seja da população de rua", lamentou Evanice Tomaz, coordenadora da UAE de Cajazeiras.

Evanice é uma das representantes da "grande mobilização", que, segundo ela, terá a presença também de diversos movimentos solidários à população em situação de rua, assim como da Defensoria Pública do Estado (DPE-BA) e do Ministério Público da Bahia (MP-BA). 

"É um processo discriminatório e o movimento acontece para apoiar estas pessoas, que se sentem indefesas e indiscriminadas", afirma, ressaltando que situações como esta são direcionadas à população em situação de rua em geral, em diversos bairros de Salvador.

"Eles têm direito a acolhimento, de ir e vir, direito à cidade", manifesta Evanice. "A população de rua é acolhida nestas instituições. Lá, eles têm refeição, são tirados documentos, são encaminhados para o mercado de trabalho... tudo para que saiam da vunerabilidade social", explica.