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“É uma narrativa que não reflete a realidade”, diz Ana Paula Matos sobre greve de professores

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“É uma narrativa que não reflete a realidade”, diz Ana Paula Matos sobre greve de professores

Vice-prefeita conversou com Mário Kertész sobre situação da educação municipal

“É uma narrativa que não reflete a realidade”, diz Ana Paula Matos sobre greve de professores

Foto: Metropress

Por: Gabriel Amorim no dia 27 de maio de 2022 às 08:26

Depois de dois anos de aulas suspensas, já são oito dias de salas de aulas fechadas por conta da greve decretada pelos professores da rede municipal de Salvador. Em entrevista à Mário Kertész, na Rádio Metropole, a vice-prefeita de Salvador, comentou a situação de greve e a forma de diálogo com a categoria. “Essa linguagem do coletivo, de estamos tanto tempo sem reajuste, não reflete a realidade. Essa discussão de piso ou não é retórica para criar uma guerra de narrativa que não vamos entrar”, disse a gestora.

Durante a entrevista, Ana Paula explicou a negociação feita pela prefeitura com a categoria.  Segundo a gestora, a prefeitura chegou a acatar uma proposta feita pelo sindicato e foram surpreendido pela greve. “Terminamos a negociação com a Aplb indo para a categoria, falar da conquista de termos aceitado a proposta deles, e a gente indo fazer projeto de lei, e a gente tem o retorno desse esforço de aceitar a proposta dele, uma declaração de greve. Eles voltaram deflagrando greve, não para conversar, fazer uma contraproposta, ou uma paralisação”, relatou Ana.“Como você tá negociando com alguém, você aceita proposta e ele declara dele. Toda greve é política, mas essa nos dá o indicativo de ter outras questões”, analisou. 

De acordo com a vice-prefeita, a principal reivindicação aponta que a prefeitura não pagaria o piso salarial. A gestora destacou que decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) aponta como composição do piso salarial, o soma do salário base com gratificações de categoria, pagas a todos. “Não adianta, para evitar uma greve, conceder um valor que não seja exequível, que não se possa pagar”, avalia. 

Segundo a gestora, Salvador paga - somando salário base e gratificações gerais - o salário de R$ 4.394,40 valor que supera o piso R$ 3.485,63. Os valores são pagos a professores com carga horária total de 40 horas por semana. A proposta aceita pela prefeitura em mensa de negociação daria à categoria 6% de aumento, além de dois avanços de referência no plano de carreira, o que faria o aumento atingir 11,37%.    

“A mesa de negociação é permanente, está aberta, se os professores entendem que precisam avançar na negociação, vamos fazer isso na mesa de negociação, deixando as salas de aulas abertas, porque as crianças já estão há dois anos sem sala de aula. Vamos discutir o que tem que ser discutido, com clareza, cordialidade, segurança. Vamos negociar, mas quem precisa ganhar sempre são as crianças”, pediu a vice-prefeita.