Psicóloga reclama de multa após estacionar na zona azul; Transalvador admite provável falha

Ao ir para o trabalho, próximo à Praça Ana Lúcia Magalhães, na Pituba, a psicóloga Maria Manuela Barros, 33, costuma sempre estacionar o carro no mesmo lugar, na zona azul, e pagar pela estadia de 6h. Por isso, se surpreendeu ao receber uma multa da Transalvador por estacionamento indevido. 

"Ou de fato a Transalvador me cobrou de forma inadequada, ou quem faz a cobrança lá [no estacionamento] fez errado", refletiu. A psicóloga então foi atrás do extrato bancário e confirmou ter pago R$ 6,00, valor que dá direito a 6h de estacionamento, na mesma data referida na multa e no mesmo local. 

A infração, que é considerada de natureza grave, custa R$ 156,18. Maria Manuela diz que vai recorrer. "Eu dei início ao processo, que já é cansativo. Preciso separar ainda toda a documentação que eles estão pedindo", explica. A psicóloga acrescenta que decidiu procurar o Metro1 depois de ver uma notícia sobre o salto na arrecadação de multas aplicadas pela Transalvador — explicada, principalmente, pelo fim das medidas de isolamento com relação à pandemia.

Procurada, a Transalvador admite que pode ter havido uma falha no momento de registro da placa do carro no sistema, como erro de digitação ou do período de permanência na vaga. "Em casos de aquisição dos créditos diretamente com os operadores de Zona Azul, Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) orienta ao cidadão que discordar de alguma cobrança que acreditar indevida em decorrência da compra dos créditos que se encaminhe até o Sindicato dos Guardadores de Veículos do Estado da Bahia (Sindguarda), entidade a qual os operadores estão associados", diz parte da nota.

"Caso comprovado que o equívoco partiu do operador, a Transalvador orientou o Sindicato que resolva o problema junto ao cidadão", finaliza.