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Após 7 anos de abandono e 18 leilões fracassados, antiga sede dos Correios vira alvo de invasões

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Após 7 anos de abandono e 18 leilões fracassados, antiga sede dos Correios vira alvo de invasões

Moradores denunciam furtos em imóvel de 35 mil m², avaliado em R$ 109 milhões, desocupado desde 2018

Após 7 anos de abandono e 18 leilões fracassados, antiga sede dos Correios vira alvo de invasões

Foto: Metropress/Isabelle Corbacho

Por: Duda Matos, Heloísa Helena e Victor Quirino no dia 19 de agosto de 2025 às 15:11

Atualizado: no dia 19 de agosto de 2025 às 15:51

A antiga sede dos Correios, localizada na Avenida Paulo VI, na Pituba, em Salvador, abandonada há mais de sete anos, virou alvo de invasões e furtos. Ao Metro1, moradores da região denunciaram a ação de criminosos que teriam invadido e levado materiais que faziam parte da estrutura do local nesta segunda-feira (18). 

Vídeos mostram homens acessando a parte externa do prédio ainda durante o dia. Uma das moradoras de um prédio da região afirma que esse não foi o único episódio e que agora os criminosos passaram a agir não só à noite. De acordo com ela, a Polícia Militar esteve no local e fez com que os homens devolvessem o material furtado. No entanto, minutos depois da viatura sair da região, eles teriam retornado e levado os itens.  

Em nota enviada ao Metro1, a estatal informou que o local segue desocupado e que um boletim de ocorrência foi registrado. “Assim que foi informada da ocorrência do furto, a empresa acionou a Polícia Militar e registrou boletim junto aos órgãos de segurança pública. Os Correios estão analisando reforço na segurança do local”, afirmou. 

Já a Polícia Militar da Bahia afirma que, nos últimos meses, “tem intensificado as rondas na localidade, com o objetivo de coibir ocorrências e garantir a segurança da área”.

Espaço abandonado 
 
A antiga sede dos Correios, de cerca de 35 mil metros quadrados, foi desativada em 2018 e está abandonada há cerca de sete anos. O espaço foi a leilão pela 17° vez no dia 12 de junho deste ano e, após uma série de licitações sem interessados, recebeu três propostas de compra. No entanto, as ofertas para arrematar o imóvel, que tinha lance mínimo de R$ 109 milhões, foram inferiores, segundo informado ao Metro1. No último dia 5 de agosto, uma nova licitação eletrônica para venda foi aberta, mas, de novo, o imóvel não foi alienado.

Segundo os Correios, a venda deste e outros imóveis da empresa ocorre quando estão “ociosos ou subutilizados” e “não estão agregando valor aos negócios da estatal”. “As alienações têm o objetivo de racionalizar despesas e arrecadar recursos para investimentos”.